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Nota

Aconteceu no dia 11/06, com participantes de diversos estados do Brasil o bate papo online, que teve como tema a Copa do Mundo de 2014. Os presentes deixaram explícitos o repúdio com os gastos exorbitantes do mundial. Rene Silva, fundador … Continuar lendo

Seminário Mídia e Direitos Humanos

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Hoje participamos do Seminário Mídia e Direitos Humanos promovido pela ONG Cipó Comunicação Interativa, pelo O Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC) da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pelo Intervozes.

O evento foi realizado no Colégio Estadual Dalva Matos,  no subúrbio de Salvador, com os alunos do ensino médio. Dando inicio as atividades, o professor Jeovandro, da Faculdade de Comunicação da UFBA, destacou a influência da mídia no cotidiano das pessoas.  “Os meios de comunicação segregam as pessoas. Como eu posso representar o outro nos meios de comunicação sem preconceito?”, disse.

A estudante Jaiana dos Santos, 15, manifestou indignação com que é transmitido nos programas policialescos. “A comunicação é um perigo para sociedade. A TV só passa coisas ruins sobre a favela, mas não é bem assim.” Paulo Vitor, do Intervozes, questionou o público. “Assistimos os programas policialescos, sensacionalistas por que queremos ou por que é o que tem?”. Logo em seguida, Paulo Vitor trouxe um exemplo de uma emissora de televisão que tinha um programa o qual violava os direitos humanos de homossexuais. Esse programa saiu do ar por 30 dias. Nesse período foram exibidos programas educativos e voltados a promoção da dignidade da pessoa humana. O resultado foi que a audiência triplicou. Isso significa que assistimos esses programas porque é o que tem.

A comunicação apesar de ser um direito, sempre foi tratada como negócio. Onde tem negócio, onde tem mercadoria há desigualdade. E por isso, os estudantes sugeriram que para exaltar a beleza e a cultura das periferias de Salvador, é necessário que os movimentos sociais e a sociedade civil unam forças para valorizar as mídias alternativas já existentes.

Cyberativistas e pesquisadores discutem participação social na Web

No debate da tarde de hoje (24/04) na #ArenaNETMundial reuniu pesquisadores da web e cyberativistas para debaterem com o tema “Novas Formas de Participação Social em Rede”. A conversa relembrou momentos da participação da juventude no campo virtual no mundo inteiro, principalmente no Brasil com as chamadas Jornadas de Junho.

Uma das debatedoras, a Daniela Silva da Transparência Hacker, levantou pontos importantes que arrancou aplausos do público, entre eles ela diz que não adianta o governo olhar para internet de forma inovadora se o Estado é conservador, e cita o caso de militantes que são pressionados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal tendo seus dados pessoais invadidos pelo Estado.

Moção de Apoio ao Projeto de Lei 4471/12 – Autos de Resistência

Moção de Apoio ao Projeto de Lei 4471/12

Nós, organizações de movimento negro do estado da Bahia, manifestamos nosso apoio à aprovação do PL 4471/12, que altera os arts. 161, 162, 164, 165, 169 e 292 do Decreto-Lei nº3.689, de 3 de outubro de 1941- Código de Processo Penal, prevendo assim o fim dos “autos de resistência” e “resistência seguida de morte”.

 

Os dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicados em 2013 demonstram que a polícia baiana é a que mais mata, com uma média de mais de uma execução por dia. No caso sobre o assassinato da Sra. Claudia Silva Ferreira, no Rio de Janeiro, foi identificado que dois dos três policiais militares acusados estão envolvidos em 62 autos de resistência.

 

Defendemos ainda a manutenção do projeto como foi apresentado onde: obriga a preservação da cena do crime; obriga a realização de perícia e coleta de provas imediatas; define a abertura de inquérito para apuração do caso; veta o transporte de vítimas em “confronto” com agentes, que devem chamar socorro especializado; substitui os “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte” por “Lesão corporal decorrente de intervenção policial” e “Morte decorrente de intervenção policial”.

 

No sentido de garantir a exaustiva apuração de casos de letalidade derivada do emprego da força policial e redução substancial dos casos de execuções cometidas por policiais, manifestamos nosso apoio ao PL 4471/12 e solicitamos a aprovação do referido projeto.

 

Bahia, 31 de Março de 2014

 

Entidades que assinam:

Afoxé Filhos do Congo

Aganju – Afrogabinete de Articulação Institucional e Jurídica

Articulação Interredes de Jovens do Nordeste

Associação Cultural Aspiral do Reggae

Associação Cultural de Hiphop Nova Saga

Associação Cultural os Negões

Associação de Ogans do Reconcavo

Associação Socio-Cultural e de Capoeira Bloco Carnavalesco Afro Mangangá

CMA HIPHOP – Comunicação, Militância e Atitude HipHop

Coletivo Boom Clap

Coletivo de Assessoria Ciranda

Coletivo de Entidades Negras

Coletivo Martin Luther King

Coletivo Quilombo

Coletivo Regional de Participação Social

Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado da Bahia – CDCN

Conselho Estadual Quilombola

Conselho Municipal da Comunidade Negra da Cidade do Salvador – CMCN

Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) – Bahia

Corpo Acadêmico dos Negões

Desabafo Social

Fórum Baiano de Juventude Negra

Fórum de entidades do Bairro da Paz

Instituto Cultural Steve Biko

Instituto de Mídia Etnica

Instituto Mão Amiga de Ação Social & Cidadania  

Instituto Odara

Instituto Palmares de Promoção da Igualdade

Instituto Pedra de Raio

Levante Popular da Juventude-BA

Liga dos Invasores

Mídia Perifiérica

Movimento dos Sem Tetos da Bahia – Democrático e de Lutas

Movimento negro Unificado (MNU) – SEÇÃO Bahia

Organização Sócio Educativa e Cultural Hip Hop Clã Periférico

Posse de Conscientização e Expressão – PCE

Quilombo Educacional da Ilha de Vera Cruz

Rede de Jovens do Nordeste – Bahia

Rede Juventude de Terreiro

Resistência Comunitária

Revolution Reggae

Unegro – União de Negros Pela Igualdade

Vixe Produções

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

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Para lembrarmos o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, o Desabafo Social convida todos vocês para uma roda de conversa sobre essa temática.

O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial foi instituído no dia 21 de março, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória do Massacre de Shaperville que ocorreu em de 1960. O massacre aconteceu após uma manifestação contra a lei que obrigava os negros da capital da África do Sul a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

Cotas Raciais, Racismo, Redução da Maioridade Penal, Educação, Juventude, Comunicação e muito mais estarão Na Roda com o Desabafo Social. Participe!

Data: 22 de março
Horário: 10h
Local: Rua Doutor Edgar de Barros, 252, Nordeste de Amaralina (Em frente à Escola Casa Belém.)

#DSemMaceió

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As oficinas do Desabafo Social em Maceió-AL, que ocorreram no período entre  23 e 24/01, atenderam às expectativas dos organizadores e dos participantes, contando com dois espaços para a realização das mesmas.

No primeiro dia, 23/01 (quinta-feira), a oficina Adolescência, Juventude e Participação no Lar Evangélico Masculino Pastor Boyd O’Neal, situado no município de Rio Largo, região metropolitana de Alagoas, foi bastante satisfatória. Monique Evelle e Elias Lourenço hospedaram-se no Lar, promovendo, assim, uma nova atividade à noite. Jogos e criação de desenhos embalaram à noite das crianças.

No segundo dia, 24/01 (sexta-feira), os integrantes do Desabafo Social foram para Maceió, para realizar a oficina Direitos Humanos na Web e Participação Juvenil na Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos. A troca de experiências foi notória do começo ao fim, contando com a contribuição da professora de Artes e do professor de História.

Ainda na sexta-feira, o Desabafo  visitou uma das comunidades periféricas  da capital alagoana, registrando tudo na memória e na lente da câmera. DSemMaceió terminou deixando um gostinho de quero mais, fazendo com que Monique e Elias já planejassem as próximas atividades.

Comunique-se!

Mais um dia de atividade do Desabafo Social. Dessa vez a oficina foi realizada com os adolescentes no Nordeste de Amaralina.

Primeiro selecionamos algumas matérias de alguns veículos de comunicação e tentamos encontrar o erro. O que as matérias tinham em comum? Termos inadequados se referindo as crianças e aos adolescentes como, por exemplo, o termo “menor” e divulgação da identidade do adolescente ( nome completo, foto  e idade).

Enquanto analisávamos as matérias, os participantes não conseguiram identificar o erro. Termos como os anteriormente citados , estão presentes todos os dias e  é exatamente assim que deve ser chamado, deve ser a cobertura jornalística etc.

A partir daí a discussão se deu em torno do Estatuto da Criança e do Adolescente e os meios de comunicação. Dúvidas foram esclarecidas e logo depois pensamos em ações que serão realizadas pelos participantes da oficina, para potencializar a cidadania a partir do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.

Para iniciar às ações do grupo, dois deles serão moderadores da “Roda de Conversa On-line: Ciberespaço é outro mundo?” que será realizada no dia 04/02, às 11h (Horário de Brasília) no chat do Desabafo Social.

Aprender para florescer

Elogio do Aprendizado

 

Bertolt Brecht

 

“Aprenda o mais simples!

Para aqueles cuja hora chegou

Nunca é tarde demais!

Aprenda o ABC; não basta, mas aprenda!

Não desanime! Comece! É preciso saber tudo!

Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!

Aprenda, homem na prisão!

Aprenda, mulher na cozinha!

Aprenda, ancião!

Você tem que assumir o comando!

Frequente a escola, você que não tem casa!

Adquira conhecimento, você que sente frio!

Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.

Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe de perguntar, camarada!

Não se deixe convencer!

Veja com seus próprios olhos!

O que não sabe por conta própria, não sabe.

Verifique a conta É você que vai pagar.

Ponha o dedo sobre cada item

Pergunte: o que é isso?

Você tem que assumir o comando.”

 

Aprender para florescer

 

O renomado autor alemão Bertolt Brecht já dizia em seu poema “Dificuldade de governar”: “somente porque todos são tão estúpidos, precisa-se de alguns tão espertos.”

Nesse trecho, percebemos como os dominadores dos sete pilares de nossa sociedade agem: fazem-nos crer numa falsa relação de mutualismo.

O fato é que não necessitamos de dominadores. Necessitamos de líderes, estes escassos atualmente. Líderes são lembrados em toda a história porque transmitiram algum conhecimento ao povo. Dominadores são reconhecidos por encucar em nós a ideia de que “são eles quem colocam ordem em nossa desordem.”

Dentre as diversas táticas de manipulação e dominação desses dominadores está a inibição do pensamento crítico do ser. Inibem a renovação contínua de mentes com seus cartazes, suas músicas, suas decisões…

Hoje, o conceito de alienação está bem difundido. E sua principal atuação consiste no trabalho, como nos apresentou Marx. O autor citado no início do texto nos convida a ler, a questionar, a debater numa eterna dialética, em seu poema “Perguntas de um trabalhador que lê.”

Portanto, como nos relata o profeta Oséias nas Sagradas Escrituras cristãs, é preciso esforçarmo-nos para conhecer, aprender. É lendo que se aprende. Ler pessoas, ler o mundo, ler números e palavras, a composição do Universo.

É aprendendo que se floresce. Todas as “Primaveras Mundiais”, a exemplo da Revolução Francesa, ou também a Revolução Praieira, aqui no Brasil; todas elas provinham de algum conhecimento, aprendizado, convergido em causa, em luta, em conquista, em transformação.

Então, que floresça eu, floresças tu, floresça ele e ela, floresçamos nós, floresceis vós, que dormis em suas sementes. Aprendei!

 

Ana Laura Maziero

O responsável pelo conteúdo é o autor.

É possível protagonismo juvenil sem reforma política?

Há quem tenha aversão com o termo protagonismo juvenil. Talvez por considerar individualista demais. Porém, a ideia proposta por Antonio Carlos Gomes da Costa, pedagogo e redator do Estatuto da Criança e do Adolescente, acerca do protagonismo, não se esgota na individualidade. A partir do momento que o jovem atua de forma ativa, colaborativa e construtiva nas decisões que irão impactar na sua vida e na sociedade, está exercendo o seu papel de protagonista.

Censurados, invisíveis e espalhados pelos quatro cantos, os protagonistas juvenis vem desenvolvendo ações de grande impacto, mostrando engajamento e compromisso naquilo que acreditam. Seja no recorte social e político, seja no recorte econômico e cultural.

Discutir sobre esse assunto sem falar em reforma política, não dá né?

Durante as manifestações de junho deste ano, o tema reforma política foi recolocado em debate nacional, fazendo com que a presidente Dilma elencasse propostas como responsabilidade fiscal e plebiscito para formação de uma constituinte sobre reforma política. Entretanto , vale destacar, que o debate e as propostas se esgotaram exclusivamente no viés eleitoral.

Quando discutimos sobre esse tema um leque de perspectivas e mudanças devem ser levados em conta. Um exemplo é a Política Militar Brasileira. É evidente que a PM age com violência. As ações truculentas têm lugar e público reservado: periferias e negros. Não foi atoa que em 2012 o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu que o Brasil combatesse a atividade dos “esquadrões da morte”. Assim como os casos “Amarildos”, trazem grande repercussão fazendo surgir revolucionários das redes sociais, é necessário uma enorme mobilização para que seja aprovado o projeto de lei 4471/2012. Para quem não sabe, esse PL prevê a investigação de homicídios cometidos por policiais durante o trabalho. Começar a discutir reforma política destacando esse ponto, já é um bom começo.

Já ouviu falar do Programa Estação Juventude ? Pois bem, o Programa Estação Juventude pretende ampliar o acesso de jovens de 15 a 29 anos, que vivem em áreas de maior vulnerabilidade social, às políticas, programas e ações integradas no território que assegurem seus direitos de cidadania e ampliem a sua inclusão e participação social. Um programa como esse , pode trazer grandes impactos positivos. Salvador, terceira cidade mais violenta do país segundo o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano (Cebela) , não conseguiu a pontuação mínima necessária para ser classificada nesse programa. Sem conselho, sem secretaria e sem política de juventude fica difícil. Em contrapartida, a capital da Bahia conseguiu aprovar projetos de R$ 50 milhões para requalificar a orla da Barra. Enfim né.

Protagonismo juvenil é a participação do adolescente em atividade que extrapolam os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno sócio- comunitário ” (Costa, 1996:90)

Falando em transcender os limites, pensando nos lindos discursos dos parlamentares sobre a importância da participação do jovem nos espaços de poder e considerando a perpetuação do político no cargo, seria a protagonismo juvenil uma utopia? É uma questão relevante a se pensar.

Como já citei em outro texto – Reflexividade Colaborativa que está no blog do Desabafo Social – o número de adolescentes e jovens que são assassinados no Brasil, é muito maior do que o número de jovens que cometem assassinato.

Presenciamos o extermínio antecedendo o protagonismo juvenil e a polícia chegando antes das políticas públicas. Curtir apenas , já não tem efeito. Ou melhor, nunca teve. Se realmente queremos reforma política, e não apenas eleitoral, vamos levar essa discussão para o campo popular.

Na Roda com o Desabafo Social em Fortaleza

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Comunicação, cidadania, experiências exitosas, formas de participação e muito mais! Tudo isso irá acontecer no dia 07 de novembro, na atividade “Na Roda junto ao Desabafo Social”, em Fortaleza – Ceará, cujo tema é “Participação Online e Offline”.

Apostando na globalização como possibilidade, o Desabafo Social irá dialogar acerca da participação do jovem nas redes sociais e fora delas. Isto é, discutir a importância das redes como instrumentos de mobilização, articulação e engajamento político. Além disso, mostrará como são as suas atuações em prol da defesa dos direitos humanos fora do ciberespaço.

Essa atividade é o primeiro passo para fortalecer o Desabafo Social em Fortaleza, sugerindo ações da juventude na construção e aperfeiçoamento das políticas públicas, voltadas ao público infanto-juvenil.

O empreendedor social que conquistou para o Ceará em 2011 o prêmio Internacional “Soluções Positivas”, em parceria com a Mac Ainds Funds, MTV America Latina e Ashoka, estará presente. Sem contar que o diretor de prevenção e atendimento da SaferNet Brasil, ONG que atua na área de direitos humanos na internet, e o jovem articulador do Monitoramento Jovem de Políticas Públicas (MJPOP), não poderiam ficar de fora dessa roda!

Compareça, participe e construa junto ao Desabafo Social.
Faça já sua inscrição. TODOS GANHARÃO CERTIFICADO!

INSCRIÇÃO: http://zip.net/bxk9gt

Data: 07 de novembro de 2013
Horário: 08h às 14h
Local: CUCA CHE Guevara – Barra do Ceará, Av. Pres. Castelo Branco, 6417, Fortaleza -CE
Informações: www.facebook.com/rededesabafosocial
desabafosocial.ce@gmail.com

DIA C

Dia 17 de Outubro é o Dia “C” – Dia Nacional da Juventude Comunicativa. Esta é uma iniciativa da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores – RENAJOC, parceira do Desabafo Social.

Faremos nossa atividade em Salvador, no dia 19 de outubro.
Não fique de fora e participe!

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Maioridade Penal e Encarceramento Juvenil

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A OAB-BA, através da Comissão de Direitos Humanos, realizará uma audiência pública, no próximo dia 11 de outubro, das 08:30 às 12 horas, no auditório da sua sede situada na Praça da Piedade (ao lado do Center Lapa). Na ocasião serão debatidas “As propostas de redução da maioridade penal e do aumento do encarceramento juvenil”.

A intenção é oportunizar à sociedade um espaço democrático para discutir este tema que tem ocupado a pauta midiática há alguns anos com foco na redução da maioridade penal e, mais recentemente, através de propostas que objetivam aumentar o tempo de privação de liberdade de adolescentes aos quais se atribua a autoria de ato infracional, comumente conhecidos como adolescentes infratores.

Estaremos lá!

Orçamento? E eu com isso?

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“As políticas públicas não funcionam!” “O prefeito disse que a prioridade agora não é a quadra de futebol lá do bairro. Ele falou que não está no orçamento não.” Quem nunca ouviu algo semelhante?

 E agora José? Por que tudo isso acontece? Já pararam pra pensar como as decisões tomadas pelos governantes afetam nossas vidas? E esse tal orçamento, o que é?

Para encurtar distâncias e fortalecer o debate entorno da importância de conhecer o orçamento público, o Desabafo Social irá realizar mais uma Roda de Conversa On-line. Pode marcar em sua agenda. Dia 09 de outubro vamos bater um papo de jovem pra jovem sobre “Orçamento? E eu com isso?” e você não pode ficar de fora! Chame sua galera e não atrase. Começaremos às 15h em ponto.

O que?  Roda de Conversa On-line. Tema: Orçamento? E eu com isso?

Quando? Dia 09 de outubro às 15h

Onde? Chat do Desabafo Social. Link:  http://migre.me/gf3hs

Participação Juvenil e Direitos Humanos na Internet.

A internet não é apenas uma extensão da vida real e sim um complemento dela! Como todas as coisas boas e ruins que acontecem na sociedade, no ambiente digital temos isso reproduzido, inclusive a violação de direitos humanos, vocês sabiam disso?

Sabiam também que os direitos que temos no mundo não digital também são válidos para quando estamos online? Mas como fazer que esses direitos sejam respeitados na Internet, que todo mundo diz que é terra de ninguém? Como a Internet também é um espaço coletivo que tal pensar como a ação da juventude pode ser importante para a defesa dos direitos humanos na Internet?

E imagine aí que isso tudo não são só perguntas para entrançar a mente, esse papo vai rolar sim!

Participação, direitos, Internet e juventude são as palavras chaves para o hangout que irá acontecer na próxima quarta-feira. O bate-papo contará com a presença de jovens que militam na área dos direitos humanos e que irão trocar experiências com vocês.

Temos um encontro marcado! Anotem na agenda. Dia 25 de setembro às 14h, Hangout sobre Participação Juvenil e Proteção dos Direitos Humanos na Internet. Vamos participar, convidar amigos e familiares para conversar sobre isso também!

Quer fazer parte desse debate?

É muito simples. Todas as discussões serão transmitidas pelo link http://goo.gl/o7RSoH. Os internautas poderão ainda fazer perguntas e interagir com o evento. Além disso, haverá transmissão simultânea no canal do Youtube http://www.youtube.com/Safernet

O que? Hangout sobre Participação Juvenil e Direitos Humanos na Internet

Quando? 25 de setembro, às 14h

Onde? http://goo.gl/o7RSoH

Comunicação para a Erradicação do Trabalho Infantil

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Comunicadores da ong Cipó e Elias de Souza, articulador do Desabafo Social em Alagoas.

Aconteceu no 18/09 em Maceió-AL ,mais uma das oficinas realizadas pela CIPÓ, cujo tema foi “Comunicação e Trabalho Infantil”,que está sendo realizada no Norte e Nordeste entre os dias 12 e 26 de setembro.

A oficina em Maceió contou com a presença de diversos profissionais que fazem parte do Sistema de Garantia de Direitos (SDG), na instância regional. No primeiro momento foi debatido a situação dos municípios alagoanos no contexto do trabalho infantil e, em seguida, foi abordado um diagnóstico com os índices de trabalho infantil nos estados do Nordeste. O debate ao longo do evento foi contínuo e bastante edificante, se intensificando próximo do fim, onde foi feita uma dinâmica muito  interessante.

Segundo Maria Auxiliadora, uma das participantes da oficina, a solução para acabar com o trabalho infantil, é a elaboração de projetos assistenciais eficazes, que visem o acompanhamento familiar de maneira continuada.

No dia 26 de setembro, o Desabafo estará presente  na oficina que será realizada Salvador-BA.

Direito ao Esporte Seguro e Inclusivo

O Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens da Bahia, através de e-clipping, vem acompanhando notícias acerca dos direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens, especificamente relacionados aos temas como Situação de rua de crianças e adolescentes em Salvador, Genocídio da Juventude Negra, Participação Juvenil, Exploração Sexual Infanto-juvenil, Esporte Seguro e Inclusivo, entre outros.

 O Brasil sediará em 2014 e em 2016 dois dos eventos mais importantes do mundo, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, o que foi motivo de revolta e insatisfação nas manifestações de junho, sendo a exigência por uma melhor qualidade de educação outra bandeira levantada nas manifestações.  Porém, quando clamam por educação, muitos se esquecem de que ela também se aprende através do esporte.

Hoje as crianças são incentivadas cada vez mais cedo a desenvolver somente o cérebro através de atividades extensas e exaustivas, a virarem pequenos robôs e máquinas. O lado criativo e físico é deixado de lado, como se o cérebro não fizesse mais parte do corpo. É por isso que quando se pede por um melhor ensino, é necessário repensar na interação do esporte na educação, ambos como parte de um todo, de maneira segura e inclusiva, até porque, como é possível manter uma mente sã em um corpo sem saúde?

Pensando no desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo e motor através do esporte que a Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco (UPE) assinou, no dia 09/09/13, juntamente com a Secretaria da Criança e da Juventude de Pernambuco e a Petrobrás, o termo de compromisso para a execução do Projeto Educacional Direito ao Esporte Seguro e Inclusivo.

 ABMP

http://www.upe.br/portal/noticias/escola-superior-de-educacao-fisica-assina-termo-para-projeto-de-direito-ao-esporte-seguro-e-inclusivo/

 

CURIOSIDADE:

Os filósofos gregos seguiam uma doutrina, a Paidéia, a qual o entendimento de uma mente sã em um corpo são era passado de geração a geração, pois eles acreditavam que para se formar homens e cidadãos do bem era fundamental que se trabalhasse o corpo e a mente em conjunto e que só assim poderia ser alcançada a perfeição. Seguindo a ideologia grega, Pierre de Coubertin, historiador e pedagogo francês, em 1896 organizou o primeiro jogo olímpico de verão, ele além de realizar os primeiros jogos olímpicos da era moderna também foi responsável por promover os esportes nas escolas.

Assim como os gregos, Coubertin sabia da importância do esporte na infância e dos benefícios que ele pode proporcionar: socialização, prevenção de doenças, concentração, inclusão social,disciplina e principalmente formação cidadã. Porém, por mais privilégios que ela possa assegurar, e apesar de existir hoje a Lei 10.328 que consolida a matéria educação física como obrigatória, ela ainda é relegada nas escolas (principal ambiente socializador infantojuvenil), que muitas vezes não tem quadras ou espaços em bom estado, levando muitas crianças a optarem por um esporte particular e excluindo as que não tem condições financeiras, ou seja, tirando dessas uma construção cidadã digna.

É em razão disso que organizações, a exemplo da REJUPE, buscam a completa integração dos jovens por meio do direito ao esporte seguro e inclusivo, promovendo a colaboração com organizações e instituições sociais, como escolas, clubes esportivos, ONGs, assim como com governos, Comitês da Copa e outras entidades. Além de acreditar que tanto a Copa de Futebol quanto as Olimpíadas e Paraolimpíadas possam trazer um momento de inclusão social, orgulho nacional e incentivo para que a população possa utilizar a infraestrutura esportiva após os megaeventos e defendendo que o esporte inclusivo só se faz através da conscientização social e de uma educação integrada.

Salvador, 17 de setembro de 2013

 

Camila Cidreira

Membro do Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens da Bahia – ABMP

Carlos Abrahão Cavalcanti

Membro do Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens da Bahia – ABMP

Filipe José de Valois

Membro do Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens da Bahia – ABMP

Monique Evelle Nascimento Costa

Secretária Geral do Conselho Consultivo Nacional de Adolescentes e Jovens- ABMP

Raísa Rebouças Paiva

Membro do Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens da Bahia – ABMP

Oficina temática – Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

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Realizamos hoje (03/09), em Macieó-AL, a oficina sobre Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes que, apesar de ter sido realizada com poucos jovens (15), teve um resultado bastante positivo. Foi notório a participação e interação dos mesmos nas dinâmicas praticadas sobre o referido tema. De início fizemos uma apresentação do Desabafo Social. Em seguida introduzimos o assunto, abordando de modo que houvesse um bom entendimento.

O que os jovens da oficina pensam sobre Violência e Exploração Sexual:

1) Pra você o que é violência sexual ?

        “É quando o direito da criança e do adolescente é violado. Segundo o ECA , é direito de crianças e adolescentes a integridade física e psicológica. A violência sexual é um ato surreal e cruel cometido por pessoas com algum tipo de deficiência mental.”

2) Quem devemos procurar quando soubermos de algum caso de violência sexual?

     “ Precisamos ir ao Conselho Tutelar, no CRAS,CREAS  e delegacias em geral.”

3) Frase de conscientização sobre a prevenção de exploração sexual.

       “Temos que ficar sempre atentos para qualquer sinal de violência sexual infantil, essa luta é minha,é sua,é nossa ! “

4) Propostas para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes.

      “Além de punições mais rígidas para os abusadores, precisamos pensar num tratamento psicológico para os mesmos, senão quando ele estiver em liberdade continuará a praticar o abuso.”

      “ Conscientização contínua dos órgãos competentes nos meios de comunicação.”

      “Abordagem desse tema nas escolas por meio de assistentes sociais.”

Depois de um longo bate-papo sobre o tema, fizemos um quebra-cabeça com os tipos de violência sexual infantil para que houvesse uma maior compreensão sobre o tema.

Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

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COMEÇAMOS COM AS OFICINAS TEMÁTICAS!

Junto com os megaeventos e grandes obras vem o desenvolvimento econômico e as violações de direitos. A exploração sexual de crianças e adolescentes é uma das piores e mais perversas formas de violação aos Direitos Humanos. Com a aproximação dos megaeventos os números de casos de abuso aumentam significativamente.

Vamos começar nosso ciclo de oficinas temáticas abordando, inicialmente, o tema Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Você não pode ficar de fora!

Entrevista com jovens que participaram do Encontro Regional Sudeste de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

Igo MG

Nome: Igo Bollei
Idade: 18 anos
Estado: Minas Gerais

Fizemos as mesmas perguntas para todos os entrevistados:

1Qual a importância de discutir o tema abuso sexual com as crianças e adolescentes?

2-Como é a participação juvenil no Comitê de Enfrentamento a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes?

1 – “Eu acho que a partir do momento que a gente está procurando conversar com eles, vamos ter uma noção da verdadeira realidade e os meios que podem estar acontecendo à exploração sexual e nos passar através do dialogo o que eles sentem ao falar sobre o tema, assim colaborando para a construção de um plano de ação com eles que realmente estão mais vulneráveis ao abuso sexual.”

2- “Onde os jovens teria a principal função da pergunta anterior que seria aproximar a temática para o espaço com a perspectiva que talvez um adulto não conseguisse trazer com sua realidade.”

Moises MG

Nome: Moisés
Idade: 24 anos
Estado: Minas Gerais

1- “Acredito que seja importante discutir essa questão junto á crianças e adolescentes pois eles são o público que sofre essa violência. Em um primeiro plano podemos falar em autoproteção. Já que a informação e necessária para se proteger de situações de violência. O abusador muitas vezes age de forma mascarada, tentando seduzir a criança por meio de carinho, atenção, presentes e etc. É importante que a criança e o adolescente estejam preparados para identificarem essa situação e se protegerem. O explorador sexual também usará técnicas mascaradas para chegar até suas vítimas. Muitas vezes prometendo uma vida de sucesso e riqueza em outras regiões para convencer a criança/adolescente e até mesmo suas famílias a entrar nesse mercado. Também é importante falar dessa situação pois muitas vezes crianças e adolescentes se abrem entre si sobre os problemas que enfrentam na vida e podem relatar situações de violência sexual a um par de sua idade. É necessário que quem esteja ouvindo esse relato saiba a quem procurar, o que dizer e o que não dizer nesse momento. Por fim, é importante falar dessa temática pois crianças e adolescentes devem ser sujeitos politizados e participantes na vida política da sociedade e devem construir ações pela sua autoproteção participando protagonicamente da vida política sua sociedade.”

2- “A participação juvenil no Comitê Nacional se dá através dos fóruns, comitês e redes estaduais de enfrentamento á violência sexual contra crianças e adolescentes nos 26 estados e distrito federal. Os estados que não tem rede específica de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes se fazem representar através dos fóruns dos direitos da criança e adolescentes ou de instituições que desenvolvem esse trabalho. O Comitê Nacional criou o termo Ponto Focal para designar o adulto/instituição que o representa em cada estado e distrito federal e o termo Ponto Focal Juvenil para designar o adolescente/jovem que desempenha essa ação. O ponto focal juvenil é o representante do Comitê Nacional em seu estado e também o representante de seu estado no comitê nacional. Ele traz ao comitê as demandas de seu estado e leva a seu estado as informações do comitê nacional. São adolescentes e jovens que participam de instituições que compõem esses fóruns e que são eleitos democraticamente por seus pares para uma gestão tri-anual. Eles participam das ações de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes em seu estado e mobilizam outros adolescentes e jovens para também participarem. Os pontos focais juvenis d e cada região elegem entre um ponto focal juvenil para ser coordenador regionais e os cinco coordenadores regionais elegem um coordenador regional para ser o representante nacional da juventude na coordenação executiva do Comitê (função que ocupo hoje).Algumas instituições que hoje são Ponto Focais Juvenis são: Circo de Todo Mundo – Minas Gerais. JCA – Juventude Carioca em Ação – Rio de Janeiro CEDECA – Interlagos – São Paulo Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – Espírito Santo CEDEA Bahia – Bahia CONCEX – Mato Grosso do Sul Makunaíma – Roraima CEDECA Pé na Tába – Amazonas Ciranda – Paraná Pastoral do Menor – Paraíba dentre outras.”

Anderson ES

Nome: Anderson
Idade: 37 anos
Estado: Espírito Santo

1- “A importância é levar conhecimento para essas pessoas, como as formas que esta violência pode estar ocorrendo e elas participando dessas discussões a gente consegue fazer algo que está dentro da política que é o protagonismo por que vamos incentivar o conhecimento e ao mesmo tempo fazer com que elas fiquem interessadas no tema e nos espaços de discussões.”

2- “Vou falar da minha realidade no Espírito Santo, nos comitês que já participei nos fazíamos convites para as famílias responsáveis pelas crianças e adolescentes a participarem desses comitês para que juntos pudessem estar participando das discussões e implementações de atividades dentro das nossas ações.”

Jessica SP

Nome:Jessica
Idade:18
Estado:São Paulo

1- “Discutir o tema abuso sexual com crianças e adolescentes, é como uma massa de modelar, que modelamos para que ela tenha o formato desejado. Uma vez que se trata dos mais vulneráveis a esses tipos de ataque, é de extrema importância que eles saibam do que se trata, mas isso de uma maneira segura e didática. Até porque na maioria dos casos, o abuso vem de pessoas do ciclo familiar e de confiança da criança, portanto na inocência ela pode acreditar estar fazendo o certo. É preciso que essas crianças e adolescentes tenham contato com o tema, de forma que seja entendido que isso viola seus direitos, e que eles podem e devem mudar isso.”

2- “Apesar de estar conhecendo agora o Comitê de Enfrentamento a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, vejo que a participação juvenil pode ser extremamente ativa. Na verdade, acredito que todos que já conhecem ou tiveram pouco contato com o Comitê, já faz parte dele, porque nós podemos colaborar diretamente na discussão e criação de projetos e coisas do tipo, basta estar interessado no assunto e na mudança da nossa realidade.”

Katia SP

Nome:Kátia
Idade:38
Estado:São Paulo

1- “O tema da violência sexual contra crianças e adolescentes, está em pauta nos últimos anos. A proteção de meninos e meninas é de responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, como preconiza o ECA. Envolver adolescentes e jovens nesta luta, é de extrema importância, pois munidos de informações, estes terão realmente a condição de sujeito de direitos e dono de sua história. É dar a oportunidade de traze-los a participar de sua luta por dignidade sexual e, ter sua sexualidade protegida, além de multiplicarem aos seus pares toda a gama de informações necessárias a sua auto proteção.”

2- “O Comitê Nacional de Enfrentamento é formado por adultos, adolescente e jovens na luta pela erradicação da violência sexual contra crianças e adolescentes e, pela implantação do Plano Nacional de Enfrentamento a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A participação desta galera tem tido resultados de excelência, principalmente na formação, mobilização e prevenção a este tipo de violência. Que possam ter o seu direito constitucional de participação da vida pública e não simplesmente, castrados de suas opiniões, saberes e potência. No Comitê, a participação deste público é inerente, com direito a voz, voto e construção de processos coletivos na luta por Direitos de Crianças e Adolescentes brasileiros.”

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Nome: David
Idade: 17 anos
Estado: Rio de Janeiro

1- “Bom a importância discutir essa temática esta na parte da garantia de participação dos mesmos, pois sabemos que este eh um problema pelo qual enfrentamos pelo mundo inteiro e a partir do momento que discutimos essa política entre nos mesmos automaticamente estamos inserindo essa política em nossas vidas para possamos levar não só para as ruas mas como também para dentro de casa”

2- “Bom a nossa participação se da através da busca incessante da garantia de direitos de nossas crianças e adolescentes, tendo como tese e fato principal de que nos somos o comitê nacional e que a nossa participação só existe porque infelizmente existe crianças e adolescentes que tem seus direitos violados.”

Reflexividade colaborativa.

Constituição Federal , Declaração Universal dos Direitos Humanos, Códigos e Códigos. Entre tantas legislações nacionais e internacionais, além de todos direitos direcionados a qualquer pessoa humana, existem recortes especificamente para às crianças. Declaração Universal dos Direitos da Crianças(1959), Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1989) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), são exemplos de legislações especiais que garantem o direito à infância. Os direitos da criança estão baseados no princípio de que a criança necessita de cuidados especiais e proteção, devendo ser prioridade na agenda política.

Vamos ao destaque: “ É dever da FAMÍLIA, da SOCIEDADE e do ESTADO assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura , à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Constituição Brasileira de 1988, art. 227, caput.

Pensando no direito à vida trago um ponto bastante polêmico e que diverge opiniões entre os brasileiros: Bolsa Família. Com base no Relatório Mundial da Saúde 2013, o Bolsa Família reduziu em até 17% o índice de mortalidade infantil nas 2.853 cidades pesquisadas, entre 2004 e 2009. O estudo apontou também que o Bolsa Família foi responsável direto pela diminuição de 65% das mortes causadas por desnutrição e por 53% dos óbitos causados por diarreia em crianças menores de cinco anos. Esses dados causam um sentimento de esperança. É pouco, é muito pouco. Mas como diz o art 227 da CF/88 , é dever da família , da sociedade e do Estado garantir os direitos de crianças e adolescentes. Seja na promoção, reparação e controle de direitos resguardados para infância. Então, poupe-me palavrões e coloque em prática o que a legislação preconiza, pois é dever da sociedade civil, também.

É inversamente proporcional o número de crianças e adolescentes que são assassinados no Brasil, com o número de crianças e adolescentes que cometem um assassinato. Aconselho que visitem o site www.mapadaviolencia.org.br antes de qualquer comentário de pessoas que foram contaminadas pelo autoritarismo do regime militar, que veem militantes da área de Direitos Humanos como “defensores de bandidos” ou que fazem comparações equivocadas com outros países com sistema político, econômico e social diferentes do nosso.

Existe um leque variado de violações de direitos infância. Por exemplo, com base no Relatório Situação Mundial da Infância 2013, do UNICEF, uma estimativa amplamente utilizada indica que 93 milhões de crianças vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave, e não há ainda preparo por parte de alguns países para uma educação inclusiva.

Pois bem, não é só porque o dia 24 de agosto é o Dia da Infância, que devemos parar especificamente nesse dia para refletir sobre condições socioeconômicas e educacionais em que vivem as crianças desse planeta. Há diversos exemplos de pessoas e grupos que contribuem significativa para garantir a eficácia das legislações vigentes. E não é de agora.

Enquanto houver pessoas preocupadas apenas em satisfazer única e exclusivamente seus anseios, haverá violações, desigualdades e pensamentos equivocados guiados por uma única fonte de informação.

Nesse breve comentário existem lacunas e diversos pontos que deveria ser abordados, admito. Mas acredito numa reflexividade colaborativa onde todos possam opinar objetivamente, abrindo espaço para um debate maior e construtivo.

Monique Evelle

O responsável pelo conteúdo é o autor.

Pra não dizer que não falei de flores. Ops! De Amarildo.

Não me manifestei até o momento sobre Amarildo. E também não fiz campanha nas redes sociais, apenas observei e acompanhei publicações e notícias sobre o caso. Antes de comentar sobre o caso de Amarildo, vale pensar um pouco na sociedade que vivemos. Cada um faz a reflexão que achar melhor.

A periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor”. Salve Sérgio Vaz! O amor pela nossa comunidade, a dor pelas semelhanças das nossas lutas diárias e a cor porque somos, na maioria, pretos. Pois bem, quem nunca viu ou ouviu alguém relacionar moradores de periferias com traficantes de drogas? Quem nunca assistiu um noticiário onde o negro é colocado como o protagonista no atentado contra a cidadania (assassinato, roubo etc)? Quem nunca assistiu filmes onde pretos, pobres de periferia são usuários de drogas seja lícita ou ilícita, mal educados, prostitutas etc? Como se não bastasse o preconceito racial, social e geográfico, a mídia sensacionalista ainda coloca lenha na fogueira.

O Estado é responsável pelo bem-estar dos cidadãos. Mas na prática, nem sempre isso acontece. A polícia é o Estado e os policiais são os cidadãos (?). Existe uma linha muito tênue e parece incompreensível. O braço armado do Estado, ao mesmo tempo em que deveria representar a proteção, representa o risco. No Rio de Janeiro, por exemplo, muitos homicídios cometidos por policiais foram registrados como “autos de resistência”, quando, possivelmente, seriam execuções. Acredito que não seja diferente no restante do país.

Conheci várias histórias de Amarildos. Um era morador de rua que , da noite pro dia, desapareceu enquanto dormia. Outro era universitário negro que após uma abordagem policial não voltou para casa. Outra história foi .. etc.. etc.. etc.. Agora tem outra história que ganhou espaço nas mídias sociais e tradicionais. Depois da Operação Paz Armada no dia 14 de julho na favela da Rocinha (RJ), policiais levaram Amarildo (mais um) para UPP. Segundo policias, Amarildo foi liberado logo em seguida. É, mas ele não chegou em casa até hoje. A Justiça do Rio negou o pedido da família de Amarildo para declarar morte presumida. Vale destacar em caps lock a seguinte fala do juiz Luiz Henrique Oliveira Marques, da Vara de Registro Público “O DESAPARECIMENTO TERIA OCORRIDO QUANDO AMARAILDO SE ENCONTRAVA EM PODER DE AGENTES DO ESTADO, O QUE, POR SI SÓ, NÃO GERARIA PERIGO DE VIDA”. Ok meritíssimo, meu nome não é Alice!

Não irei prolongar, pois um caso como esse perpassa por diversas questões. O fato é que estamos presenciando a olho nú a limpeza étnica. É só olhar que casos como esses acontecem constantemente em todo o país e de forma semelhante e com pessoas com características semelhantes. Ouvi um comentário assim: “Ele é traficante rapaz , deve ter fugido da polícia para não ser preso depois.” É, meu Brasil.. são pensamentos como esse que não dá espaço para dialética. Aposto que essa pessoa não conhece a história de vida do Amarildo.

Fui facilitadora da oficina sobre Cota Racial nas Universidades Federais no Seminário Regional Nordeste da ABMP em Fortaleza. O interessante que fui “objeto de estudo”. Um grupo falou: “Você é bonita, inteligente, universitária, não é cotista.. então nunca vai sofrer preconceito e não vai ser discriminada. Deve ser muito fácil para você conseguir empregos e o que quiser. Todo mundo te conhece e sabe que você é boa no que faz” Eu respondi: “Não sou cotista, mas ser ou não ser cotista não faz você escapar do preconceito e discriminação do dia a dia. Calma lá! Sou anônima. Se acontecer qualquer coisa comigo, acredito que as pessoas não vão relacionar minha imagem com de uma menina que é boa no que faz ”. Por mais que eu tenha diversas representatividades (Desabafo Social, ABMP, SaferNet etc), o que importa para essa selva de pedras é que eu sou negra e moradora de periferia. Como já havia citado anteriormente , os casos de desaparecimento relacionados com abordagens policiais , acontecem com pessoas de características semelhantes (negros, pobres, moradores de comunidades etc). Caso eu sumisse, de um hora para outra, será que eu não seria vista como usuária de drogas ou algo tipo? Mas enfim.. Monique à parte, cadê os Amarildos?

Monique Evelle

O responsável pelo conteúdo é o autor.

Na Roda com o Desabafo Social em Lauro de Freitas

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“Construir com e não construir para juventude” deveria ser o slogan de todos os candidatos a cargo político. Sabemos que adolescentes e jovens são sujeitos de direitos, porém são tratados como seres tutelados. Por isso, tentando mudar esse quadro, realizamos nos dias 23 e 26 de julho, Rodas de Conversas com os jovens de Lauro de Freitas.

Depois de dois dias de discussão sobre segurança, transporte, educação, cultura e lazer com eles, dinâmicas e premiações percebemos que é só o começo.  Há de surgir um grupo de debates relacionados às políticas públicas para a juventude de Lauro. No dia 26 de julho, marcamos um encontro com os gestores de Lauro de Freitas, mas eles cancelaram.

Após debates e mais debates, fizemos em conjunto uma Carta Propositiva e de Compromisso, que será entregue no Gabinete de Gestão Integrada do Município – GGIM, onde os gestores serão convidados a assinar. Continuaremos com os debates e com a construção do grupo de participação política da juventude.

Em breve colocaremos a Carta Propositiva e de Compromisso, além do vídeo que iremos fazer.

Continue acompanhando nosso blog.

Na Roda com o Desabafo Social em Lauro de Freitas

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Segurança, transporte, educação, cultura e lazer em Lauro de Freitas, Bahia. Essa foi a pauta do nosso bate-papo com os 12 adolescentes presentes. Para descontrair, iniciamos a tarde com uma dinâmica de interação. Em seguida exibimos o documentário Frutos do Brasil – Juventude em Debate, que retrata 8 histórias de grupos de jovens de diferentes regiões do país. Relacionamos a realidade dos jovens do documentário com a do município de Lauro de Freitas. Depois dessa parte dividimos os adolescentes em grupos, onde cada grupo com seus respectivos temas (segurança, transporte, educação, cultura e lazer) apontou os pontos positivos, os negativos e deram sugestões para melhorias do município. No próximo encontro, dia 26 de julho, iremos elaborar uma carta propositiva em conjunto para ser entregue aos gestores públicos de Lauro.

Roda de Conversa Temática com os Gestores Públicos de Lauro de Freitas, Bahia.

Partindo do pressuposto que os adolescentes e jovens são sujeitos de direitos e que os dispositivos legais, especificamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garantem a eles o direito à participação na vida da comunidade local, estaremos junto com o Mérito Juvenil Lauro de Freitas realizando a Roda de Conversa Temática. Trata-se de um diálogo entre adolescentes, jovens e gestores públicos.
O  objetivo principal é esclarecer dúvidas sobre o posicionamento de Lauro de Freitas acerca de temas que estão em pauta nacional interferindo diretamente ou indiretamente no município.  Além disso, espera-se que surjam demandas por parte dos adolescentes e jovens para a efetivação de políticas públicas, colocando em prática o que as leis preconizam.
A primeira Roda de Conversa Temática está marcada para o dia 26 de julho, às 14h no Gabinete de Gestão Integrada do Município – GGIM. Adolescentes e jovens estarão presente no GGIM dialogando com os gestores públicos, fortalecendo as ações direcionadas a juventude de Lauro de Freitas.
Aproveitando o momento, iremos entregar aos gestores públicos uma carta de compromisso com a juventude de Lauro de Freitas, a qual eles serão convidados a assinar.

Quem se revolta e com o que?

                                  

Até que enfim estamos vivendo em uma sociedade que tem acordado para algumas questões e lutando para de fato a democracia plena seja exercida com a participação popular nas construções das políticas públicas e questões tangentes a eles.

Neste momento diversas cidades brasileiras tiveram o aumento das passagens do transporte público, onde a população a partir da iniciativa de alguns movimentos se uniram para se manifestar contra esses aumentos nas tarifas e foram as ruas para lutar por isso, em alguns momentos e cidades a palavra lutar foi ao seu sentido literal quando baderneiros infiltrados ao movimento começaram a “quebrar tudo” e a policia ( dito o Aparelho repressor do estado) em seu âmbito de reprimir do dano agiu dentro de sua forma que em momentos se excedeu completamente e chegou a ser uma repressão violenta aos manifestantes. Numa visão geral e difícil até entender dois lados tão distintos um dos manifestantes que lutavam por um bem comum e o outro da policia que estava ali para garantir a integridade do patrimônio publico e o direitos de ir e vir dos outros cidadãos que não estavam nas manifestações ai fica a cada cidadão ver onde se posiciona em relação a seu direito qual lado o violou e qual o contemplou.

            O que tem me incomodado são os novos revolucionários que de fato saíram do facebook e estão nas ruas mas vem questionado os REVOLUCIONÁRIOS de fato que estão lutando a anos dentro dos movimentos sociais de base e que nunca são notados e pouco se importam com isso. Eu, por exemplo, há anos no movimento da criança, adolescência e juventude nunca quis me ascender por estar contribuindo para diversas mudanças que já conseguimos com a crianças dos estatutos da criança e ado adolescentes, do idoso , do torcedor entre outros lutas nossas daqueles que nunca foram vistos na mídia e sempre vão continuar com sua luta árdua de implementação de fato desse e outros objetos de garantia de direitos, e os revolucionários que saíram do facebook o que lhe resta a eles voltar ao facebook ? Acho que é o que veremos a partir de agora, conseguimos abaixar o transporte mas quem será do milhares que ira voltar a discutir na base, nos conselhos gestores, no poder publico a qualidade do transporte? Quem vai lutar pela saúde, educação, entre outras pautas como habitação pois queremos casas mas quando vemos o MST na rua lutando os comparamos a mercenários? Eis estas questões sobre como estamos pensando os milhares de manifestantes que pós-luta iram fazer.

            Outro ponto o qual é de extrema importância abordar a mídia e seus conceitos e com ela veicula a informação alienadora e que tem que ser a vista do que ela pensa, vimos como a mídia tratou as manifestações quando lhe convém ela radicalmente mudava de opinião e isso era entre o intervalo pois tende-se a favorecer algumas pessoas não o coletivo, escutei hoje de uma pessoa que ela vê determinada emissora e ela não é manipulada e nem forçada a nada , muito interessante ver isso de uma pessoa que se diz não alienada , alguém iria saber sobre as PEC 33 e 37 se a mídia não falasse? Quem saberia o que é redução da maioridade penal se a mídia não batesse tanto nessa tecla por seus interesses? Poucos, aqueles loucos que à anos então discutindo na base do  movimento social que estão lutando sem holofotes vencendo as ameaças a falta de recursos para estar em reuniões, plenária a discursão dita por muitos como invalida e chata até por ser diversas vezes estarmos tentando, ainda dizem que nossos somos os alienados..(rsrsr).

            Pensei em escrever esse texto após diversas conversas com manifestantes, militantes, pessoas comuns, alienados, alienadores, adolescentes, revolucionários do facebook, entre outros e comecei a notar o quando todos estavam a favor de ver o povo na rua, mas uma pergunta que poucos me responderam (apenas os militantes) que a luta continua na base e que agora devemos pautar a qualidade continuar a pensar como podemos estar democratizando essa sociedade, as outras respostas foram vazias pois não se sabe o que fazer, não uma base ideológica para fazer novas manifestações, e sem essa referencia logo iremos fazer manifestação contra os manifestantes? Perde-se referencia ao movimento, despolitiza a manifestação para virar um lazer, um programa familiar, onde estamos não lutando por direitos, mas sim passeando, gastando cartazes que depois viram lixo poluindo nossa cidade entre outras matérias e que sem objetivo viram inúteis e caem nas mesmices.

            Muito me questionaram sobre esse posicionamento maluco que tenho, mas meus pensamentos são numa linha de que temos que repensar como saímos à rua, como manifestamos precisamos pensar contra o que e quem lutamos não defender causas pessoas ou se quando coletivas inferem direitos dos outros, não discutimos, não chegamos a uma conclusão, não temos um pensamento único, uma base de discursão para que todos tenham acesso e possam discutir, promover, trazer as devolutivas e conseguirmos os objetivos de interesse comum, sou contra a corrupção, contra as PEC que não servem ao interesses do povo, contra a redução da maioridade penal, contra o domínio das empresas, contra diversas coisas que inferem os direitos humanos, contra a sociedade, contra o trabalhador, o dito cidadão aquele o mais violado, que mais sobre com toda essa ausência de politicas, de pensamentos críticos e de fato uma participação popular.

            Devemos acabar com a frase:- “Ruas cheias de pessoas vazias”; e devemos a partir de agora ter –“RUAS CHEIAS DE PESSOAS CHEIAS” , cheia de conhecimento de causa e luta, de democracia, cheia de coragem, sem medo e com a determinação de que a participação popular pode mudar o cenário político e social brasileiro.

Carlos Alberto

O responsável pelo conteúdo é o autor.

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#DesabafoSocial #Naoaocalese #VempraRua

#DesabafoSocial #Naoaocalese #VempraRua

12 de Junho, Dia dos Namorados?

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   (Campanha É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescentes 2012)

Exatamente nesta data, também é o Dia dos Namorados. Mas desde 2002 nos bastidores da mídia capitalista, o 12 de junho ficou marcado como Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil. Foi uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) , em parcerias com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a fome (MDS) e muitos outros órgãos do Governo Federal, Municipal, Estadual e do Distrito Federal, com outras instituições privadas.

O Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil tem como foco alertar a todos a importância que tem a implementação das convenções de n° 138 (estabelece idade mínima para admissão do emprego) e n° 182(trata das piores formas de trabalho infantil). No Brasil, o fórum Nacional de Erradicação do trabalho infantil, articulou a campanha Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e estabeleceu como data prioritária para a mobilização o dia 12 de Junho.

Ano passado o Desabafo Social participou da campanha É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente. Foi uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo,  Unicef e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No segundo semestre de 2013, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a fome (MDS), pede e convoca a integração entre as gestões Estaduais, Municipais e do Distrito Federal um olhar  para os serviços e programas de Assistência Social, durante e após a realização da mobilização da campanha.

Não se vê ano melhor para falar sobre esse assunto devido aos megaeventos que estão perto de acontecer em nosso país. Esses megaeventos não tem uma natureza apenas de diversão, mas também irá aumentar o índice de trabalho infantil. Muitas dessas crianças estão na linha da pobreza e, assim, elas são facilmente levadas ao caminho no qual leva diretamente ao trabalho infantil. Isso vem acontecendo com mais frequência do que podemos imaginar, talvez porque as nossas crianças não tenham uma educação infantil na qual seria de direito ter.  Com isso crianças são jogadas nas ruas com a esperança de levar comida para casa e muitas vezes quem emprega ou usa essas crianças são os grandes empresários do nosso país. Veremos como tudo irá ficar depois que esses megaeventos passarem.

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  (Campanha É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescentes 2012)

 

Tâmara Brito

O responsável pelo conteúdo é o autor.

Imagina na Copa – Rede de jovens criada por estudante de 16 anos ensina direitos humanos a crianças.

Rede de jovens criada por estudante de 16 anos ensina direitos humanos a crianças

‘Desabafo Social’ realiza atividades na periferia de Salvador para debater temas como exploração sexual de crianças e segurança na internet; projeto também está presente em outros estados.

O Desabafo Social é uma rede de jovens inseridos em movimentos sociais, que busca transformar a realidade da periferia de Salvador através de ações que despertam e aprimoram o senso crítico de crianças e adolescentes para as questões de direitos humanos. O grupo promove atividades como oficinas, debates e diálogos e, em dois anos, já impactou, sem qualquer apoio financeiro, 40 crianças e adolescentes.

Monique Evelle, estudante, tomou a iniciativa de fundar a rede em maio de 2011, aos 16 anos de idade, no bairro Nordeste de Amaralina, onde mora. Atualmente sete jovens trabalham diretamente no projeto na capital baiana, que conta também com articuladores em São Paulo, Ceará, Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte, atuando em ONGs, escolas e em movimentos sociais.

As oficinas abordam temas como segurança na internet, exploração sexual, trabalho infantil, meio ambiente e liberdade de expressão. Dados divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República nesta semana, que é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mostram que a Bahia ficou em 7º lugar no ranking dos estados que mais receberam denúncias de violação dos direitos das crianças e adolescentes, entre janeiro e abril de 2013. No ranking de denúncias apenas de violência sexual, a região sobre para a 3ª posição.

As atividades do Desabafo Social visam conscientizar as crianças sobre quais são esses riscos, como e onde podem ocorrer, além de abordar os direitos das crianças em diferentes aspectos. “Uma menina que tinha participado de uma oficina em 2012 veio até mim dizer que queria organizar um futebol das crianças. Eu perguntei por que e ela respondeu que eu ensinei que todas as crianças tinham direito de estudar e de brincar”, conta Monique.

Segundo a fundadora do Desabafo Social, os pais das crianças já relataram que o comportamento dos filhos mudou após a participação nas oficinas. “Eles não jogam mais lixo na rua porque fizeram oficina de educação ambiental, sabem a hora de falar e a de escutar e respeitam os adultos”.

O investimento para manter as atividades do Desabafo Social vem dos próprios jovens que atuam no projeto. As tentativas de conseguir apoio em estabelecimentos locais, segundo Monique, não tiveram sucesso. As oficinas e demais atividades, que antes eram feitas em espaços cedidos, passaram a acontecer na rua. Mas a jovem acredita que a atual repercussão que o projeto vem tendo vai facilitar futuros apoios.

O Desabafo Social lança bimestralmente uma revista online. Além do conteúdo produzido por voluntários, crianças e adolescentes são convidadas a participar enviando textos e imagens. O projeto também tem o objetivo de atingir uma faixa etária mais alta, estimulando os jovens a se engajarem em causas sociais.

Juliane Gabillaud, que é voluntária do Desabafo Social ministrando oficinas, está entre esses jovens. “A sensação de passar o conhecimento é incrível, eu não sou nada, mas eu posso fazer alguma coisa, qualquer um pode. Esse movimento está aí para mostrar para as pessoas podem”, opina.

O vídeo pode ser assistido clicando aqui.

[Juliane Costa, jornalista e voluntária do Imagina na Copa – imprensa@imaginanacopa.com.br]

Desabafo Social em Fortaleza

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No dia 8 de maio de 2013 , Terre des Hommes (TDH), Desabafo Social e ABMP, tiveram um momento de oficina com tema Redução da Maioridade Penal.

Objetivo da oficina
1. Explicar a importância de  abordarmos a temática da maioridade penal, a partir do trabalho com o livro Vozes com enfoque na fala sobre Justiça Ato Infracional, Proteção e Liberdade.
2. Estimular a reflexão sobre a participação na caminhada da paz em que a turma esteve presente.
Metodologia da oficina:
1. Foi divididos dois grupo, com três adolescente em cada grupo. Primeiro grupo foi a favor da maioridade penal. O segundo grupo foi contra a maioridade penal.
2.Cada grupo teve um tempo para refletir um pouco sobre o que pode acontecer com os adolescentes a partir dos 16 anos, com a redução da maioridade penal. Entre as causas e consequências , os participantes citaram a fragilidade, falta de acompanhamento da famíliaa dos adolescentes que cometeram o ato infracional e insuficiência de políticas públicas para as crianças, os adolescentes e jovens.
Resolveram marcar outra oficina, porque uma só não contemplou toda complexidade do assunto.
Lucas Alves
Articulador do Desabafo Social em Fortaleza.

Conferência Lúdica: “Avanços e Desafios”

História das Conferências Lúdicas em São Paulo
“A alegria está na luta,
na tentativa, no sofrimento envolvido
e não na vitoria propriamente dita.
Mahatma Gandhi”
Não podemos iniciar mais um avanço deste processo de disseminação sem lembrar da parte essencial de sua historia.
Nos anos 80, com o fim da ditadura militar se criava novas formas de instituições “políticas”, aonde movimentos sociais muitas vezes em formar de organizações não governamentais começam a discutir amplamente os Direitos Humanos, sem se submeterem a medos e cerceamentos de opiniões, coisa costumeira anos antes, assim com a ascensão da idéia de Democracia o país inteiro começou a se mobilizar pelas reformas no corpo interno do poder legislativo e executivo principalmente no que tange participação popular. Em 1988, é instituído a oitava Constituição Federal que é considerada a mais humanista na historia do Brasil, dois anos depois é assinado pelo Presidente da Republica a Lei Nº 8.069 o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) que trás como Absoluta Prioridade, as pessoas de 0 a 18 anos imcompletos e explica que os mesmos são seres peculiares em desenvolvimento.
O primeiro ponto a explicar o processo Lúdico, e acaba com a visão “minorista” imposta até então, meses depois o Brasil assina o acordo traçado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com um pequeno atraso de algumas décadas.
O ECA trouxe inovações como a participação da sociedade organizada em espaços da Gestão pública, regularização de assembléias populares, direito a sociedade se organizar e principalmente a participação de crianças e adolescentes na sociedade a partir da família, comunidade e mecanismos do Estado como e principalmente o sistema educacional  ressaltando a formação continuada. Tendo essa interpretação pessoas de todas as faixas etárias começaram a se organizar para transformar um dos mecanismos de mobilização, trazidos nesta Lei que é a Conferencia dos Direitos das Crianças e Adolescentes, que promove o ato de conferir a Política Nacional da Criança e Adolescente por diversos atores seja da sociedade civil ou poder público. As primeiras Conferencias tinham um teor jurídico e infelizmente não muito metodológico às grandes massas, com isso grupos da sociedade civil aproveitaram as representatividades no Fórum de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes (FDCA) e Conselho de Direito da Criança e Adolescente (CDCA) para pensar mudanças no cenário político das conferências.
A participação de adolescentes nas conferências começaram oficialmente em 2007, onde aconteceu a Conferência Lúdica, em que um número aproximado de 150 adolescentes, fizeram as discussões à parte dos adultos e no final as propostas foram anexadas ao documento final. Em 2009, por solicitação dos adolescentes foi realizada a conferência, tendo os (as) adolescentes como delegados (as) e participando junto com os (as) adultos (as). Neste ano tivemos cerca de 400 adolescentes. Em 2012 teremos mais de 800 adolescentes, não somente, participando da 9ª Conferência Nacional, mas sim contribuindo como protagonistas na comissão das conferências, nos municípios, estados/DF e na nacional.
É importante lembrar que essa efetivação na participação, foi uma conquista dos próprios adolescentes que em cada conferência foram de forma madura e comprometida buscando mais espaços na quantidade de participantes, bem como na construção da metodologia.

Processo Pedagógico de Discussão de Criança e Adolescente:

Antes de iniciarmos a brava trajetória destes cidadãos e bom explicarmos o porquê da palavra “Lúdica”:
“O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.
A evolução semântica da palavra “lúdico”, entretanto, não parou apenas nas suas origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.
Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana.
Profª. Esp. Anne Almeida ”
Lúdico apesar de ter um significa peculiar de “jogar e brincar”, não é somente isso, ela se fundamenta do comportamento humano, aonde podemos tirar como fases da vida, mas também podemos tirar como experiências, envolvimento e principalmente momentos de encontros reflexivos seja individual ou coletivo.
É fundamental lembrarmos que, lúdico tem como objetivo a horizontalidade no aprender sem descriminalização e pré-julgamentos, por isso a palavra “lúdico” tem uma peso conciso na historia da humanidade.
Segundo o Dicionário Lúdico é:
Que faz alguma coisa simplesmente pelo prazer em fazê-la. Psicanálise. Refere-se à manifestação artística ou erótica que aparece na idade infantil e acentua-se na adolescência aparecendo sob a forma de jogo”
A essência da Conferencia Lúdica pensada na época pelos cidadãos de São Paulo a partir do Fórum DCA, no primeiro momento foi um avanço na questão da participação, mas ainda não era o protagonismo esperado pelos adolescentes.  Era exatamente o fazer simplesmente pelo prazer em fazê-la. Com uma nova concepção da palavra Lúdica a participação e construção da metodologia foi se tornando cada fez mais assumida pelos (as) adolescentes. Deixou a ser apenas uma forma de entretenimento para ser uma forma diferente – lúdica – e comprometida de contribuir na construção da política pública.
Com isso alguns pontos foram pensados como: desenvolvimento psicológico, pedagógico e educativo para fazer o ato de conferir uma forma mais prazerosa aos adolescentes. Gincana, expressões artísticas, roda de conversa, interação e confraternização, etc. A metodologia pensada inicialmente apesar de mudar totalmente a forma técnica de discutir, mostrou sua grande contribuição nos avanços de políticas públicas da infância e adolescência, tais como: Fortalecimento dos Grêmios Estudantis, Inclusão do Estatuto na grade escolar e, diversos outros pontos que são debatidos até o dia de hoje.
As brincadeiras são fundamentais na vida das crianças e adolescentes e se relacionam totalmente com os direitos básicos de alimentação, moradia, bem estar e convivência familiar e comunitária.
A Conferência Lúdica nasceu com a idéia de inovar a forma de metodológica, onde adolescentes possam participar do seu jeito. Um local aonde culturas se misturam, a diversidade se torna realidade e o jeito de discutir a política é feito de forma lúdica, criativa e comprometida.
As primeiras crianças e adolescentes que participaram da Conferencia Lúdica estavam em situação de rua, e por isso, conseguiram enxergar ali uma saída um mecanismo que dava o direito a participação, espaço esse que normalmente é ignorado pelos adultos
Com jogos e brincadeiras crianças e adolescentes conseguem perceber, formas de contribuir com as políticas públicas para a efetivação dos direitos de crianças e adolescentes.
Em 1999, no vale do Anhangabaú (bairro localizado no centro de São Paulo e famoso por acolher meninos e meninas em situação de rua), cerca de 130 adolescentes articulados pelas organizações e pessoas ligadas ao Fórum Estadual DCA participaram da 1° Conferencia Lúdica no Brasil, dali em diante os avanços foram gradativos em 2001 tivemos o primeiro adolescente a participar da Conferencia Nacional, em 2002 o Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CEDCA) realiza o 1° Encontro Lúdico Estadual com o intuito de promover formação política de adolescentes com o intuito de levantar temas ascendentes como trabalho infantil, criminalização de adolescentes, enfrentamento ao abuso e explorações sexuais e diversas outras temáticas, em 2003 o CEDCA abraça a iniciativa da Conferencia Lúdica e passa a considerar seus encaminhamentos como oficiais, em 2007 tivemos a participação das primeiras crianças no processo de Conferencia DCA e em 2010 pela primeira vez um adolescente coordenou  a conferências estadual Lúdica, que teve a participação de 52 crianças e 450 adolescentes.

Avanços e Desafios da Concretização do Lúdico:

Com a Conferencia Lúdica, muitos avanços aconteceram principalmente na participação de crianças e adolescentes em espaços de construção coletiva da sociedade trazendo assim novos caminhos e olhares sobre a política pública relacionados aos principais atores do Sistema de Garantia de Direitos os Protagonistas previstos pelo ECA.
A proposta de multiplicação dos conhecimentos tirados na interação entre crianças e adolescentes é o principal avanço efetivado pelo processo de Conferencia Lúdica, ressaltando a interiorização da política de defesa e atendimento aonde os meninos e meninas reproduzem o discutido no momento de aprendizagem especifico do Lúdico.
Existem pontos que ainda são desafios mesmo nos dias de hoje, o crescimento é continuo, mas vícios se mantiveram. A concretização do Lúdico muitas vezes é usada como pretextos para saciar crianças e adolescentes de discussões voltadas ao “mundo adulto”, como se não fosse por direito o jeito de ser e expressar de crianças e adolescentes nos espaços.
A idéia metodológica pensada há 13 anos era de interação entre crianças, adolescentes, jovens e adultos com o objetivo de mudar a forma de trabalhar assuntos peculiares, em 2012 percebemos que ainda não foi sintetizado este pensamento nos processos de conferir. Uns dos parâmetros pensados na metodologia lúdica era a interação geracional aonde as crianças e adolescentes trariam novas formas de pensar, mas percebemos que ainda existem impasses nesse fluxo de transformação e convivência entre as crianças, adolescentes e adultos que precisam ser superadas. Com isso, adolescentes seguem tendências de pensamentos e ações adultas e se mantém muitas vezes no mesmo cenário “adultocentrico”.
Mesmo com tantos desafios o prazer relacionado ao mobilizar, monitorar e implementar de forma lúdica as pautas das crianças e adolescentes com elas e, não mais para elas, trás uma luz na escuridão uma vistosa forma de acreditar que a mudança está na base, no mais singelo adolescente, no olhar sapeca da criança e principalmente na inocência das prioridades absolutas que hoje temos e podemos chamar de presente do Brasil e, precisa ser cuidado, com prioridade a fim de que tenha um futuro de realizações pessoais e profissionais.
Pedro Henrique Higuchi (in memória)